Quase 25 anos depois do "Boom" já podemos analizar friamente a importancia historica do fenomeno iniciado por "Chico Fininho"; "cavalos de corrida" "perfume Patchouly"; "Chiclete";"propaganda"; "vem daí"; "malta á porta"ou "Ribeira".
O que aconteceu foi que os grupos como UHF e Já Fumega só em 80/81 descobriram a receita simples e directa para atingir o público (refrões com frases forte e sonoras - olhó robô;vejo malta à porta; vem daí; destruição;totobola... - que ficaram no ouvido e rifs de guitarra breves, com algum ska à mistura) memoria que antes não tinham logrado atingir a cantar em ingles ou com musicas como "Jorge Morreu" ou "here you are".
Acontecia algum extraordinário é que antes de 1980 as musicas eram muito elaboradas, embora extremamente bem tocadas, não tinham sentido prático.(A peça "Cosmunicação" dos Beatnicks tinha 45 minutos e a Lena d´agua dava gritos estridentes - nunca foi editada)
Era complicação demais para o publico em geral e para os Top´s.
Vejam-se os exemplos das musicas dos Tantra,Petrus Castrus, Banda do casaco e Salada de Frutas.
Como exemplo disto temos boas musicas que falharam os tops antes do boom.
Em 1971 os Albatroz com "Julio é um Duro" em 1979 os Corpo Diplomatico (ante camara dos Herois do Mar) com "Festa" e "Férias" e o album Musica Moderna, foram um rotundo falhanço.
As editoras como Vadeca, Rossil, RT, Imavox, Gira, Polydor etc.iniciaram o filão em 80-81,para o cortarem o filão um ano depois.
A moda de cantar em Português e as vendas em barda foi-se esgotando em 1983, só sobreviveram os do costume (Pedro Aires de Magalhães(Tantra, Herois do Mar, Né Ladeiras e os GNR (album do António Variações) estavam em todas.
Por exemplo o muito aguardado 2ºsingle dos "Historia Linda- Grupo do Baile" depois do mega sucesso "Patchouly" foi um flop, ou os albuns dos IODO, CTT, Beatnicks passarem despercebidos.
Os UHF desapareceram durante uns tempos sendo certo que o single"um mau rapaz" já não chegou aos tops.
Os albuns de grupos como TNT, NZZN, que tinham tido tanto sucesso em single foram pura e simplesmente arrasados pela critica, nomeadamente o Luis Filipe Barros para já não falar no M.E.C. que considerava não inexistir Rock Português (teorias).
Desta autentica revolução ficamos com 1 "nucleo Duro" constituido por Herois dos Mar (mais tarde atingiram a perfeição com Madredeus); G.N.R., Radio Macau, A. Emiliano, Telectu, UHF, Né Ladeiras, Lena DÁgua, Rão Kyao...Julio Pereira, e não mais a musica Portuguesa ficou no esquecimento.
Impunha-se a edição de um livro para fazer o balanço do BOOM e uma enciclopedia com todos os grupos, mas infelizmente nem a musica podemos ouvir porque não está editada em CD e os vinis são raros.
Veja-se no entanto a honrosa excepção que a edição dos 25 singles dos Xutos, do qual se destaca "Semen" "Papá deixa lá" "Remar-Remar" e o "O homem do leme", bem como "7º Single".
As editoras, especialmente a EMI - Valentim de Carvalho deviam seguir este exemplo.
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