Friday, November 25, 2005

QUANDO AS GERAÇÕES MUSICAIS SE JUNTAM NUM SÓ DISCO


Em 1973 , José Cid toca "Moog" no disco " A Bruma Azul do Desejado" , gravado com Frei Hermano da Câmara e o Quarteto 1111.
Este foi o último disco que Cid gravou com o Quarteto, antes de abandonar. Mas, em 1974, o grupo já estava de novo reunido para gravar "Onde, Quando e Porquê, Cantamos Pessoas Vivas". Agora , para além de Cid , eram membros da banda o baterista Guilherme Inês, Mike Seargent , Tozé Brito e António Moniz Pereira.

Wednesday, November 23, 2005

O Meu Moleskine

Os notebooks Moleskine são considerados blocos de notas históricos, quem não se lembra do Indiana Jones com o seu Moleskine.
Os livros de notas são utilizados para viagens há mais de dois séculos por intelectuais, escritores e artistas plásticos europeus que os usaram para tomar nota das suas ideais, reflexões e imagens, tornando-os em objectos de culto dos nossos dias. Van Gogh, Henri Matisse, Pablo Picasso, André Breton e Ernest Hemingway são apenas algumas referências no universo dos utilizadores. Relançados nos nossos dias, mantêm a tradição de bloco de notas discreto, são actualmente encarados como “um símbolo do nomadismo contemporâneo”.

Tuesday, November 15, 2005

PEROLAS DA MUSICA ROCK/POP: QUARTETO 1111 E OUTROS






O que têm em comum Frei Hermano da Camara, José Cheta, Tonicha e Herminia Silva ?
Está bem...todos cantam ou cantaram em Português...e gravaram com o quarteto 1111 e José Cid.
Edições em CD...nem vêlas ?.
Só mesmo num País como o nosso estas obras permanecem desconhecidas e perdidas no tempo.
Os discos estão a ser vendidos em sites de Leilões estrangeiros por preços proibitivos.
Fica a memória do que foi o Quarteto 1111 e a abertura revolucionaria que os seus musicos operaram em Portugal (que foi depois continuada por Zeca Afonso).

José Cid nasceu na Chamusca a 4 de Fevereiro de 1942.

A fama chegou-lhe inicialmente através da sua participação como teclista e vocalista no Quarteto 1111, onde obteve grande êxito com a canção "A lenda de El-Rei D.Sebastião". Esta canção, inovadora para a época, apresentava sons diferentes daqueles a que o público estava habituado, com reflexos psicadélicos. Ainda com o quarteto, concorreu ao festival da canção de 1968, com "Balada para D.Inês".

Em 1973, a banda adopta o nome Green Windows, numa tentativa de internacionalização.

Uma das suas composições mais conhecidas, "Ontem, Hoje e Amanhã", recebe o prémio "outstanding composition" no Festival Yamaha de Tóquio, em 1975, deixando para trás nomes como Elton John ou os espanhóis Aguaviva

Em 1978 publica o álbum "10000 depois entre Vénus e Marte", um marco na história do rock progressivo, e que vem a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional.

José Cid concorreu ao Festival da Canção de 1978 com três composições, alcançando o 2º lugar com "O meu piano". Em 1980, com a canção "Um grande, grande amor", vence este certame.

É o autor de outros grandes êxitos, como "Olá vampiro bom", "A Rosa que te dei", "Como o macaco gosta de banana", "Mosca Superstar" ou "Cai neve em Nova York".

É monárquico e vive actualmente na Anadia.

Em 2004, José Cid participou em anúncios de uma conhecida marca de chás gelados, nos quais se interpretou a si próprio, cantando e vindo do espaço, enquanto proferia a frase: "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?"
Frases interessantes proferidas por José Cid.

"Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu." in Pública, 2003
"Tentaram e conseguiram pôr-me na prateleira. Mas a verdade é que os outros artistas estão na prateleira e eu estou cá." in Pública, 2003
"A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro Todos os países têm o seu dinossauro. Os franceses têm o Johnny Halliday, os espanhóis o Miguel Rios. Ambos são uma porcaria ao pé de mim. Sou infinitamente melhor do que eles e tenho uma melhor estética." in Pública, 2003
"Usem e abusem de mim. Estou cá, canto e bem ao vivo. Façam de mim o que quiserem. Estou com uma grande voz." in Pública, 2003
"Adoro o «Cantor da TV», a canção menos comercial daquele álbum [Nasci prà música]. Dificilmente conseguiria escrever [outro] tema daquela maneira. É muito bem esgalhado e muito bem tocado." in Pública, 2003
"Essa canção [Como o macaco gosta de banana] foi um escândalo. As pessoas julgaram que era uma canção ordinária. (...) Divirto-me à brava quando a oiço, porque é uma canção que não se pode levar a sério. Tem um sentido de humor de abandalhar o sistema." in Pública, 2003
"Olá malta! Tudo bem? Tá-se?" in anúncio Lipton, 2004
"Dá-me favas com chouriço." in Cabaré da Coxa, 2004

Thursday, November 10, 2005

casa vende-se mas com...brinde!!

1º contrato de compra e venda de imóvel com mulher incluída

Loira de 48 anos pôs a sua casa à venda e inclui-se no pacote, pode ver aqui o desenvolvimento do insólito. Dá-se preferência a compradores machos entre 40 a 60 anos de idade, inteligentes, chefes de cozinha pois a senhora percebe pouco do assunto. Exige-se também que seja um rambo aventureiro, gentil e generoso, com carreira profissional. Deve gostar de viajar e filhos duma prévia relação serão benvindos.
ver em http://www.smarthouse.com.au/Entertainment/TVs_And_Large_Display/?article=/Entertainment/TVs%20And%20Large%20Display/News/D4C4C7F6

Wednesday, November 09, 2005

Mais recordações da passagem dos Marillion por Portugal em 1985


triticale

Hà 20 anos foi assim -Marillion


Estiveram cá mas a tragedia de Heysel estava ainda quente na memória de todos e não foi ver o concerto.
Nunca mais voltariam cá com a formação clássica.
O fish esteve cá em Lisboa em 1989 e os Marillion (com vocalista S. Hogarth) em 1991.
Fish veio aos Açores em Agosto e os Marillion tocaram nos Açores em Setembro.
20 anos depois a musica mudou muito (para pior) e estes dois grupos musicais continuam a "ARRASTAR" a memória dos 80s sem chama nenhuma... o que vale são os fieis fans.

As brilhantes alterações ao CE em aplicação

" Bateram-me NO AUTOMOVEL por trás...
Enquanto punha o colecte retro-reflector devidamente homologado pela Norma de qualidade (...) e verificava se o mesmo tinha instruções em Português ...antes de sair do carro, o gajo que me bateu....fugiu..."
Para cumulo telefonei para PSP para registarem a ocorrencia e disseram-me que só vinham de houvesse feridos...
MAIS PALAVRAS PARA QUÊ ? ESTAMOS EM PORTUGAL...

Wednesday, November 02, 2005

NO TEMPO DO VINIL

Campanha: "NÃO JOGUE SEUS VINIS FORA, VEJA QUANTO ELES PODEM VALER! MAS NÃO OS VENDA!"
Vou transcrever aqui por completo duas reportagens do JC, prumode sei que poucos leitores são seus assinantes e possuem senha. Superinteressante para os amantes do Vinil!

O caçador do vinil perdido
Publicado em 28.08.2005

Dono do Record collector dreams possui cerca de 8,5 mil discos de vinil raros em casa. Alguns podem custar até a “bagatela” de R$ 30 mil

JOTABÊ MEDEIROS - Agência Estado

Em Viena, Áustria, vive um ex-hippie de 56 anos que é considerado um Indiana Jones da música. Amparado por uma rede mundial de informantes, ele faz um trabalho incansável e heróico de arqueologia em busca de artefatos perdidos em territórios ermos do planeta. O nome dele é Hans Pokora, vulgo Caçador de Bolachas Perdidas.

Pokora é editor de um catálogo famoso entre os caçadores de raridades discográficas, o Record collector dreams, e possui cerca de 8,5 mil discos de vinil raros em sua casa. Álbuns dos quais, muitas vezes, nem os próprios autores têm cópias hoje em dia e cujo valor pode chegar a 10 mil euros (cerca de R$ 30 mil).

Como Indiana Jones, Pokora também cai em ciladas às vezes – já chegou a comprar um disco cobiçado, Forever amber, da Inglaterra, por US$ 6 mil, e depois descobriu que o álbum era uma porcaria. Mas também já “escavou” maravilhas, como o LP de garage rock Johnny Kendall & The Heralds, da Holanda, lançado em 1965. “Passei um feriado de dois dias ouvindo o disco, acho que rodei umas 50 vezes esse maravilhoso LP”, conta.

Hans Pokora não tem toca-CDs em casa, nem aparelhos de MP3. “Tenho só um velho gravador de fita e um toca-discos. Não tenho CD player nem MP3, não é o meu mundo.” Seu negócio é vinil. “O melhor investimento é o vinil em perfeitas condições, porque seu valor aumenta a cada ano. Os CDs não têm um valor real. Os velhos vinis são antiguidades e têm admiradores em todas as épocas.”

“Cerca de 20 anos atrás, viajei dois anos pelo mundo todo comprando discos. Estive na Ásia, Estados Unidos, Canadá, África, Austrália. Encontrei colecionadores em todos os países. Comecei minha coleção em 1975, quando eu comprava LPs de beat e garage.” Para Pokora, seu trabalho é uma boa maneira de ganhar dinheiro. “Discos de vinil raros são um grande investimento. Nos meus livros, muitos dos álbuns chegam a valer entre 5 mil e 10 mil”, afirma Pokora. Os seus catálogos estipulam um preço mínimo para que um disco raro ou “muito bom” entre na lista: 75.

Os maiores colecionadores e experts em raridades do País aprovam o trabalho de Pokora. “Tem capas maravilhosas nos livros. O gosto dele é meio bicho-grilo, meio ripongo, mas pelo menos ele promove uma valorização da música brasileira”, diz Luiz Carlos Calanca, do mítico selo e da loja Baratos Afins. “Conheço pessoas que compraram os discos depois de terem visto nos catálogos dele”, afirma.

O paranaense Anderson Carvalho Carrion, que possui cerca de 3 mil discos raros, diz que Pokora faz um trabalho essencial para o colecionador. “Todo colecionador quer ter algo que seja difícil para outro colecionador, essa é a essência das coleções” diz, acrescentando que não há especulação nessa atividade. “Ninguém compra para revender, compra para ter.”

Segundo Carrion, o vinil tornou-se o objeto de desejo por diversas razões: a arte das capas, o tamanho, o trabalho de informação dos encartes. “Se eu tiver a opção de escolher entre o CD e o vinil, sempre pego o vinil”, diz, lembrando o caso novíssimo da banda curitibana Feichecleres um trio de rock setentista que lançou seu trabalho em vinil e as cópias esgotaram-se na hora.

“Agora estou à procura de outro disco brasileiro raro para incluir no catálogo 5001, que estou finalizando”, diz Hans Pokora, que trabalha longe das gravadoras e companhias de discos e também sem apoio oficial. Entre seus discos brasileiros preferidos estão os de Sound Factory, Spectrum, Marconi Notaro, Lailson e Lula Côrtes (Satwa), Tobruk e Som Imaginário.