Tuesday, November 21, 2006

Com 3 meses e já indiciado por crimes


A polícia indiana começou a investigar um suspeito de ter roubado um motorista de autocarro e só depois reparou que se tratava de um bebé de 3 meses, noticia o ABC News.
O rapaz, Parveen Kumar, foi indiciado juntamente com o pai num primeiro esboço de queixa policial, depois de um motorista de autocarro ter sido assaltado.

O bebé foi acusado de roubo, extorsão e banditismo, confirmou um agente local.

Só recentemente a polícia apercebeu-se que o principal suspeito do roubo, que ocorreu a 19 de Setembro, é uma criança de três meses.

As autoridades culpam o motorista pelo equívoco, alegando que ele acusou o bebé devido a uma quezília pessoal com o pai do bebé.
Fonte: Portugal Diário, de 6-11-2006.

Thursday, November 09, 2006

No Brasil : presos fogem do Fórum e roubam veículo de juíza.



No Brasil : presos fogem do Fórum e roubam veículo de juíza.

"No dia 24 de Outubro, no início da tarde, um fato inusitado tomou de surpresa os funcionários e magistrados que trabalham no Fórum Gumersindo Bessa.
O ocorrido aconteceu por volta das 13h50 quando três presos custodiados conseguiram evadir-se da sala de custódia do Fórum.
As informações passadas pela Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Sergipe, através de uma nota pública distribuída à imprensa, dão conta de que dois fugitivos ainda encontram-se foragidos e um já foi recapturado. Eles são: Cleverton da Silva Lima, vulgo Clebinho, Roberto Moura e José Márci dos Santos, respectivamente.
Na nota a Assessoria esclarece que os presos, fazendo uso de uma cerra, conseguiram remover o pedaço de uma das barras do fundo da sela.
Assim que conseguiram deixar o local eles caíram direto no estacionamento privativo dos juizes e promotores, de onde conseguiram levar o carro da juíza da 15ª Vara Cível, Bethzamara Rocha Macedo.
No momento da fuga a mesma encontrava-se estacionando o veículo Ford Ranger de cor prata e placa policial HZZ 9055. [leia mais] Fonte: Infonet Notícias."


Para que isto não aconteça em Portugal foi nomeado um grupo de estud(ios)os para implementar a melhor maneira de agilizar o incremento de medidas tendentes a lograr um melhor aproveitamento dos carros dos Magistrados com vista a rentabilizar esses meios como "transporte público".
A "ideia" é assim, pronto, tipo: entre as nove horas e as dezassete horas os carros dos magistrados serão utilizados para apoio ao transporte de processos entre as extensões judiciárias internas das NUT, também os presos no gozo de saídas precárias e arguidos com apoio judiciário poderão requisitar os veículos dos magistrados durnte aquele período do "horário de trabalho".
Já foram pedidos pareceres a vinte cinco assessores que sugerem a nomeação de uma comissão e de duas missões de reforma apoiadas por um grupo de acompanhamento, uma comissão eventual e vários grupos de estudo, todos independentes.
Eu, por mim, se querem a minha opinião pessoal, tenho andado a reflectir e pensar com os meus botões, opino, como a maioria, creio que "Acho muito bem!"; ou "Vice"-versa!

Este B. começou com a passagem de Fish pelos Açores:
Espectáculo Superou as Expectativas
Fish Encerra com Chave de Ouro os Concertos das Festas da Praia
Diário Insular - Segunda-feira, 15 de Agosto de 2005


Fish, ex-vocalista dos Marillion, fechou os grandes concertos das Festas da Praia. Um programa de qualidade, marcado por algumas surpresas agradáveis.

Fish, ex-vocalista dos Marillion, encerrou com chave de ouro os grandes concertos da edição de 2005 das Festas Concelhias da Praia da Vitória, na noite de sexta-feira.

Depois da chuva assustar os visitantes durante o final da tarde, o espectáculo superou as expectativas, quer para os amantes da extinta banda, quer para aqueles que desconheciam o agrupamento, encabeçado por Fish, que abandonou os Marillion em 1988 e se dedicou aos projectos a solo, além de ter regressado à sua terra natal, a Escócia, para recuperar uma antiga casa.

Com destaque para o seu mais recente trabalho “Field of Crows”, 12º álbum na carreira do cantor (oitavo álbum a solo), que já leva 23 anos na música internacional, Fish animou as gerações mais antigas que se aglomeravam em frente ao palco maior das noites musicais integradas nas Festas Concelhias da Praia da Vitória.

A passagem de Fish pela ilha Terceira integra-se na digressão de 2005 do cantor pela Europa, para promover o seu mais recente trabalho, “Field of Crows”. Este verão, o músico pretende reeditar “Misplaced Childhood”, álbum colocado pelos Marillion no mercado em 1985, para assinalar os 20 anos da edição desse trabalho.

Na Praia da Vitória, Fish apresentou-se com a banda que o acompanha na estrada: Bruce Watson (ex-Big Country) e Frank Usher nas guitarras, Steve Vantsis no baixo, Tony Turrel nos teclados, Windsor McGilvray na bateria e Danny Gillan no coro.

Artigo transcrito por Eduardo Franco
A primeira passagem de Fish por Portugal aconteceu no já longínquo ano de 1990. Os fãs viviam então ainda a "ressaca" da separação entre Fish e os Marillion. Foram dois memoráveis concertos (antigo Cinema Alvalade, em Lisboa, e Coliseu do Porto) em que Fish apresentou o seu álbum de estreia a solo, cantando ainda muitos clássicos dos Marillion.

Em 1994 foi anunciada a presença de Fish no cartaz da Queima das Fitas de Coimbra. Muitos foram os fãs que se deslocaram em vão até à cidade dos estudantes. Por desonestidade da organização o nome de Fish foi mantido no programa até à noite do concerto, embora este nunca tenha aceite o convite.

Foi preciso esperar até 2005, para que o gigante escocês voltasse ao solo português, desta feita na Ilha Terceira, nos Açores, para um concerto de Verão, quando preparava a digressão comemorativa do vigésimo aniversário de "Misplaced Childhood".

Monday, October 16, 2006

Eyeless In Gaza - New Risen
Eyeless In Gaza - Veil Like Calm
verdadeiro sportinguista
Seinfeld and Superman - Lois in trouble
Superman & Jerry Seinfeld

SEINFELD

Thursday, June 29, 2006

CHAMEM A POLICIA AU AU AU QUE EU NÃO PAGO


Seis polícias multados por viajar sem bilhete

Seis elementos da Polícia Judiciária (PJ) foram multados, ontem, por um fiscal dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), por insistirem em circular num autocarro sem pagar bilhete. Pelo mesmo motivo, uma funcionária da PJ foi agredida, anteontem à noite, por passageiros furiosos com a paragem forçada do autocarro face à instransigência da mulher em adquirir o título. Para acabar com a polémica, a Administração dos SMTUC ordenou, ontem, a suspensão da obrigatoriedade de pagamento de bilhete, por uma semana, a todos os funcionários do Ministério da Justiça (MJ).

"O MJ deve um milhão e meio de euros aos SMTUC e não paga. Os funcionários não têm culpa, mas alguma coisa tinha de ser feita", explicou, ao JN, o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, para justificar a suspensão das viagens à borla a quem apenas bastava exibir o cartão de funcionário público.

Mas a ordem de pagar bilhete até que o MJ pague a dívida aos SMTUC durou pouco tempo. Começou a vigorar (para alguns) na segunda-feira passada e acabou ontem. Portanto, 24 horas depois.

Carlos Encarnação diz que não quer fazer dos polícias "bombos da festa", embora ache "indecoroso" querer usar autocarros sem que o serviço seja pago. Para evitar mais "guerras" e como "sinal de boa vontade", a Câmara vai deixar que os funcionários do MJ usem os SMTUC à borla até ao dia da reunião que vai acontecer, na próxima semana, com responsáveis do referido Ministério. "E, depois, logo se vê!", avisa o autarca, dando a entender que se o milhão e meio de euros não for pago, a ordem de proibição volta a vigorar.

Os seis elementos da PJ que ontem foram multados (52 euros/cada) garantem não pagar a coima, por considerarem "ilegal" a "decisão unilateral" dos SMTUC. "A lei está do nosso lado. Não foi revogada. E não é uma empresa que tem legitimidade para mudar a lei", afirmou, ao JN, José Morais, da associação sindical da Judiciária e um dos que, ontem, foi autuado por um fiscal dos autocarros municipais.

Albertina Cardoso, da PJ, que foi agredida em pleno autocarro, condena a atitude dos SMTUC e, para além de ter já apresentado queixa contra os seus agressores, promete fazer o mesmo contra a empresa municipal.

Tuesday, June 27, 2006

AS ROCKOLAGENS DA NOSSA MEMORIA



lEMBRO-ME que por alturas do final de 1981/82 havia uma mania de fazer textos onde entrassem palavras com grupos ou nomes de musicas do Boom do Rock Portugues.
A minha Rockolagem desapareceu na memoria dos tempos mas ainda cheguei a vender fotocopias da mesma a 2$50.
Tinha referencias aos Pizo-Liso, Já Fumega, Vodka Laranja, Machos Latinos (Frodo)enfim gostava muito de encontrar uma cópia perdida disso pois já não me lembro do resto.
No entanto, não sabia porque é que tinha feito isso nos anos 80 até que li a historia do J. Moutinho em http://www.poemar.com/MEMORIAS%20DO%20ROCK%20PORTUGUES.htm#A%20história%20desconhecida%20das%20Memórias

AFINAL A EUFORIA DAS ROCKOLAGENS FORA DESPOLETADA PELO SINGLE DA GIRA (QUE VENDEU NADA MAIS NADA MENOS QUE 15 MIL COPIAS)
AQUI VAI A HISTORIA CONTADA NA 1ª PESSOA.

A história do meu single incluído nas "Memórias" é muito original pelo que não me eximo de puxar pela memória e tentar contá-la em toda a sua extensão.

Depois de 17 anos de "música de baile" resolvi encostar às "bocks", parar com aquela loucura de andar de amplificadores às costas por este país inteiro, cantar horas e horas a fio, a troco de uns míseros escudos que, muitas vezes, nem davam para pagar os aparelhos necessários para uma "razoável" prestação musical. A minha última prestação a nível de vocalista de grupo de baile terminou na Passagem do Ano de 1980 para 1981. Curiosamente a minha banda tinha sido contratada pelo Partido Comunista Português para actuarmos no Pavilhão da Académica da Amadora. Como o Pavilhão era enorme, a nossa humilde aparelhagem não teria capacidade para encher de som o enorme pavilhão. Então o PCP pediu emprestado o P.A. (Public Adress System) ao Luis Cília.

A minha modesta aparelhagem de vozes serviu nesse dia de munição para o nosso baterista. Enfim um luxo enorme naqueles tempos. Eu tive pela primeira vez ao longo daqueles 17 anos a possibilidade de me ouvir através de monitores que estavam virados para mim. Senti-me nas nuvens. Nunca me tinha ouvido tão bem. Os meus próprios colegas de banda estavam espantados com a prestação que fiz naquela noite, eles que diziam que a minha voz estava gasta e não tinha mais hipóteses como vocalista. Ao fim de 10 horas seguidas de canções, de muito rock, de muita marcha brasileira de carnaval, estava muito satisfeito. Afinal não era eu que estava mal, era a aparelhagem que não tinha condições.

A resolução tinha sido tomada antes desta última experiência e troquei a minha aparelhagem de vozes, uma HH razoável de 200 watts, por um carro NSU Prinz, e julguei ter terminado aí a minha aventura musical. Puro engano.

Em alguns dos nossos últimos ensaios resolvemos experimentar algumas músicas originais com poemas em português de minha autoria, motivados pelo programa do Luís Filipe Barros, o Rock em Stock, que passava na Rádio Comercial. Gravámos num pequeno gravador de trazer por casa umas quantas canções. Recordo-me que uma delas chegou a passar no programa mas por aí se ficou a aventura.

Um dia de manhã muito cedo para mim, 7h sou acordado pela minha esposa que me disse assim: "João tens a mania que escreves ouve o programa que está a passar". Acordei meio estremunhado e fui ouvir o programa das 7 às 10 do Luís Pereira de Sousa que pedia muito afincadamente aos ouvintes uma versão em Português, cujos direitos reverteriam para oferecer à UNICEF, duma canção dos ENGLISH BOYS que versava o tema dos diminuídos físicos.

Estavam a passar o original cantado. Peguei no gravador e gravei a versão original. Escrevi, entretanto uma letra sobre o tema. Uma ideia louca veio-me à cabeça na altura: Se estes "gajos" passassem apenas o instrumental, talvez eu conseguisse fazer uma gravação caseira já em português. Telefonei à Rádio e satisfizeram esse pedido. O promotor da Editora Gira, tinha com ele a bobine do instrumental e passaram. Eu gravei o instrumental e, com um daqueles gravadores que têm micros incorporados, coloquei o instrumental a passar na minha aparelhagem caseira e cantei para o gravador a versão portuguesa.

Não me desgostou o resultado e disse à Graça, minha mulher, vou à Rádio Comercial mostrar isto. Resposta: "Tu és mesmo doido". Cheguei à RC às 9h30m. Disse ao que ía. Deixaram-me entrar e o promotor da Editora perguntou o que eu queria. Disse-lhe: Tenho aqui uma versão da canção que pedem já em português e cantada. Ele disse: "Mas o concurso é apenas de letras". Eu respondi: Na gravação está a letra se interessar, ok!.

O Promotor foi falar com o Luís Pereira de Sousa o radialista e contou a história. A música passou ainda nesse dia. O concurso morreu por ali. O ANDA DAÍ que eu tinha escrito em cima da música dos ENGLISH BOYS, na opinião deles, e como se diz actualmente "arrasou".

O Concurso que servia também de lançamento para a Editora Gira tinha como prémio a gravação de um single com a letra vencedora. Nunca se chegou a realizar, nem o concurso, nem a gravação.

Além da gravação do ANDA DAÍ eu tinha levado comigo uma cassete com as gravações de garagem da minha antiga banda, onde se encontravam a ROCKOLAGEM e A PASTILHA. O promotor da editora, curioso, perguntou-me se eu tinha mais alguma coisa e mostrei-lhe a cassete. Foi ouvida logo ali na Rádio Comercial.

Pouco tempo depois quiseram que eu gravasse não o ANDA DAÍ mas a ROCKOLAGEM e A PASTILHA. Fiquei meio atrapalhado, porque já não tinha banda mas, fui falar com eles e aceitaram ir para estúdio fazer as duas canções. Era o "Boom" do Rock Português que este livro relata bem "MEMÓRIAS DO ROCK PORTUGUÊS".

Para os músicos de baile, a hipótese de gravar um disco era alguma coisa impensável naqueles anos. Fomos para estúdio sem produtor, coisa rara naquela altura. Era mais ou menos o "salve-se quem puder" o "mostra o que vales". Deram-nos dois dias de estúdio.

Nunca mais me esquece, o meu amigo MORENO PINTO, um dos mais consagrados técnicos de som nacionais, viu ali aqueles 5 "putos" sem qualquer experiência de estúdio a tentar gravar 2 canções e sorria um sorriso muito terno, muito "pai". Não sei se simpatizou comigo. Conversámos um pouco e ele disse: Eh! Pá! isto está muito cru, precisa de uns truques! Eu disse-lhe: Amigo, estamos nas suas mãos, não temos experiência e, como vê não está ninguém da Editora, ajude-nos como a sua consciência ditar.

Ajudou muito, rodou aqueles botões todos. Tentou, voltou a trás, experimentou de novo e, finalmente, foi ele que produziu e fez as misturas finais.

Estávamos na lua. Tínhamos na mão a hipótese de um disco. Arranjou-se até nome para a nova banda. Seria a "banda desenhada". Já não me recordo bem mas gerou-se a propósito nem sei de quê, uma discussão louca entre os músicos, e resolveram não seguir com o mini projecto. A banda desfez-se, mas as gravações estavam feitas.

No final do 2º dia, já nas misturas finais, aparece o promotor da Editora, muito atarefado a perguntar como as coisas tinham corrido. Posto ao par do que se tinha passado com a banda, ele perguntou-me se eu não me importava de dar apenas o meu nome. As canções eram minhas, musica e letra e disse que não me importava.

Resolvido isso o Promotor foi ter com o MORENO PINTO o técnico de som e simultaneamente produtor do disco e pediu-lhe se lhe podia dar uma bobine de promoção, porque ele tinha um programa na Rádio Renascença para começar a fazer a promoção do Disco.

O Moreno Pinto, velha matreira, deu-lhe uma cópia em Mono.

Foi a partir dessa cópia que a gira mandou prensar o single. A Gira nunca pagou o estúdio. O single saíu em mono. Enfim, o primeiro embuste da minha pobre carreira... mas isso é outra história.

Curiosamente, uma fita pirata deu origem a um single que fica na história do Rock Português. Estou orgulhoso.

Letra:

Mastigando uma chiclete

As damas chegam de maxi

Não estava lá a Rosete

E regressaram de táxi



Sobem a Rua do Carmo

Com o Frodo na garupa

A reboque do Robot

Vai a Salada de Fruta



O rock também e riso

Que faço com muito gozo

Mas não perco é o juízo

Por cauda do Rui Veloso


Trabalhadores do Comércio

É um puto e dois com vício

Um Rock com muitos Vários

Será que é Arte e Ofício?



O pagode anda guloso

Já Fumega na Ribeira

Desde o Fininho Veloso

À suicida Ferreira



O rock anda com febre

São os putos no recreio

O stock está mais alegre

Mas não vai nesse passeio



O rock também e riso

Que faço com muito gozo

Mas não perco é o juízo

Por cauda do Rui Veloso



O que vez oh! Espelho meu

Portugal na CEE

Oh! Meu o que é que te deu?

Oh! Pá eu Seilasié



Foram os berros do Barros

Que criaram as raízes

Cuidado que o Piso é Liso

Não se gastem as matrizes



O rock também e riso

Que faço com muito gozo

Mas não perco é o juízo

Por cauda do Rui Veloso



O rock anda com febre

São os putos no recreio

O stock está mais alegre

Mas não vai nesse passeio

A Moda dos bichos da seda


Lembro-me dos bichos-da-seda. Era o assalto às sapatarias em busca de uma caixa adequada ao milagre da criação em miniatura que nos dava para assistir, todos os anos, como uma moda que ninguém queria interromper.
Lagartas horríveis, cheias de patas, molengonas. Que depois teciam um casulo esbranquiçado, parecido com um pequeno ovo, acabando por eclodir sob a forma de uma espécie de borboletas desenxaibidas e sem piadinha nenhuma. Depois restavam as caixas de sapatos vazias, ou quase, com uma espécie de teias de aranha e os ovos vazios no fundo a fomentarem sem sucesso saudades dos bichos que desapareciam antes mesmo de lhes atribuirmos um nome qualquer. Pouco comunicadores. No fundo das caixas, restos de folhas secas. E essas é que me trazem os bichos-da-seda à memória.
Lembro-me de ser um dos muitos que forravam os finais de tarde nos comandos da Amadora muitos pais e muitas mães e imensas filhas e filhos e todos os nossos amigos atarefados na recolha do sustento para as lagartas da caixinha. Empoleirados nas árvores, os putos mais diligentes ou os pais mais persistentes, depois de um dia de trabalho, à procura da melhor folha para nutrir os seus exemplares de criaturinhas feiosas que a natureza tão bem sabe produzir.
Vaidade dos pais afoitos, com os putos orgulhosos da colheita exposta em tons de verde vivo sobre o fundo das caixas de sapatos sem a tampa com buracos para os bichos poderem respirar. Sorriso sereno nas bocas dos velhos que acorriam à zona de propósito para assistirem ao agitado ritual.
Bons tempos

Monday, June 26, 2006

HÁ MONTES DE TEMPO QUE ANDAVA ATRÁS DISCO - AMÁLIA RODRIGUES É R´N´R


Infelizmente para a musica Portuguesa, ambos já desapareceram.
Amália edita, em 1982, O Senhor Extraterrestre, um maxi-single em vinil amarelo com duas canções de Carlos Paião, uma autentica raridade.
Aqui vai a letra para recordar.
EDIÇÃO EM CD - NÃO EXISTE (A CAPA É FANTASTICA) É UMA BD.

...a letra...

Vou contar-vos um história
que não me sai da memória,
foi p?ra mim uma vitória
nesta era espacial.
Noutro dia estremeci
quando abri a porta e vi
um grandessíssimo ovni
pousado no meu quintal.
Fui logo bater à porta,
veio uma figura torta,
eu disse: se não se importa
poderia ir-se embora,
tenho esta roupa a secar
e ainda se vai sujar
se essa coisa aí ficar
a deitar fumo p?ra fora.
E o senhor extraterrestre
viu-se um pouco atrapalhado,
quis falar mas disse pi,
estava mal sintonizado.
Mexeu lá o botãozinho
e pôde contar-me então
que tinha sido multado
por o terem apanhado
sem carta de condução.

O senhor desculpe lá,
não quero passar por má,
pois você onde está
não me adianta nem me atraza.
O pior é que a vizinha
que parece que adivinha
quando vir que estou sozinha
com um estranho em minha casa.
Mas já que está aí de pé
venha tomar um café,
faz-me pena, pois você
nem tem cara de ser mau
e eu queria saber também
se na terra donde vem
não conhece lá ninguém
que me arranje bacalhau.
E o senhor extraterrestre
viu-se um pouco atrapalhado,
quis falar mas disse pi,
estava mal sintonizado.
Mexeu lá no botãozinho,
disse para me pôr a pau,
pois na terra donde vinha
nem há cheiro de sardinha
quanto mais de bacalhau.

Conte agora novidades:
É casado? Tem saudades?
Já tem filhos? De que idades?
Só um? A quem é que sai?
Tem retratos com certeza,
mostre lá? Ai que riqueza,
não é mesmo uma beleza,
tão verdinho? sai ao pai.
Já está de chaves na mão?
Vai voltar p?ro avião?
Espere, que já ali estão
umas sandes p?ra viagem
e vista também aquela
camisinha de flanela
p?ra quando abrir a janela
não se constipar co?a aragem.
E o senhor extraterrestre
viu-se um pouco atrapalhado,
quis falar mas disse pi,
estava mal sintonizado.
Mexeu lá no botãozinho
e pôde-me então dizer
que quer que eu vá visitá-lo,
que acha graça quando eu falo
ou ao menos p?ra escrever.

E o senhor extraterrestre
viu-se um pouco atrapalhado,
quis falar mas disse pi,
estava mal sintonizado.
Mexeu lá no botãozinho
só p?ra dizer: Deus lhe pague.
Eu dei-lhe um copo de vinho
e lá foi no seu caminho
que era um pouco em ziguezague

Wednesday, June 21, 2006

UBI SUNT- artigo de Vasco Graça Moura no DN 21-06-2066


Acaba de ser publicado um dos ensaios mais importantes que entre nós já foram dedicados aos problemas do ensino da língua e da literatura portuguesa. Trata-se de A Literatura no Ensino Secundário /Outros Caminhos, de José Augusto Cardoso Bernardes (ASA, 2006, col. "Como abordar…").

Professor da Universidade de Coimbra e autor de obras sobre a literatura portuguesa do Renascimento em que avulta a sua tese de doutoramento, Sátira e Lirismo/Modelos de Síntese no Teatro de Gil Vicente, JACB já tinha esboçado uma sugestiva proposta sobre Ler e Ensinar Gil Vicente (ainda) Hoje em Revisões de Gil Vicente (Angelus Novus, 2003).

Agora, o autor traça com objectividade, serenidade e firmeza a evolução do ensino da literatura a partir da década de 1970 e de concepções que radicavam ainda no Romantismo e no nacionalismo identitário do século XIX até à situação descabelada que hoje se vive, entre os pólos do excesso e da expiação… E fá-lo com grande diplomacia, não vão as vestais universitárias dos ignominiosos programas que nos regem sentir-se excessivamente doloridas…

JACB observa como se degradaram o estatuto e a dignidade do professor de Português, que soía ser uma referência em cada escola em termos de língua e de cultura, reduzido à condição de técnico especializado e passando a sentir-se "implicitamente desobrigado de incorporar nas suas aulas a vertente cultural que antes acompanhava o ethos filológico".

Nota como a Linguística contribuiu para consumar "primeiro na investigação e na docência universitária e, logo depois, nos programas e nas práticas de docência um lento processo de desnobilitação do texto literário, amortecido na sua dimensão de legado e, nessa medida, tornado equivalente a qualquer outro".

Associa todos esses excessos ao modelo de formação científico-pedagógica da grande maioria dos professores de Português que estão no activo.

Verbera o arredamento ou a menorização de importância quanto aos autores anteriores ao século XIX e diz, mais adiante, que "diminuir a presença da Literatura no Ensino Secundário em nome do reforço de objectivos de natureza linguística é, em si mesmo, um terrível equívoco educativo".

Faz notar que, "com a entrada em vigor dos novíssimos programas de Português (…), a Literatura foi, pela primeira vez desde há cento e cinquenta anos, objecto de quase banimento: nos curricula do Ensino Secundário, onde foi remetida para um plano de evidente segregação (…) e nos próprios programas de Português onde, para além de ser colocada a par de outros tipos de discurso, se tornou objecto de um estudo estritamente comunicacional".

E depois aponta caminhos. Eis alguns: "ter a coragem lúcida de ponderar a recuperação de algumas das soluções que constituíam êxito no passado"; "recuperação doseada da História, enquanto forma privilegiada de densificar culturalmente o texto literário, e da retórica (que o transforma em artefacto estético)", isto é, "dar a conhecer os escritores portugueses mais representativos num quadro de inteligibilidade histórico-cultural"; ter presente que, "afinal, a Literatura serve para ensinar Língua mas também serve para transmitir muitas outras coisas importantes"; "maior ênfase conferida aos conteúdos e ao seu enraizamento em coordenadas de pensamento e de sensibilidade"; "fomento de uma atitude interpelativa perante os livros"; "aposta na formação de leitores como contrapeso ao efeito de saturação normalmente produzido nos estudantes"; adequação do ensino da Literatura aos vários ciclos do ensino.

Dois pontos são ainda de salientar:

"Enquanto condensação privilegiada da aventura humana (apresentada em proporções muito variáveis de verdade e de ficção) a escrita literária assume-se como testemunho do itinerário profundo da humanidade, em níveis mais vantajosos do que qualquer outra disciplina, incluindo a História e a Filosofia";

"A Escola constitui, neste momento, o único espaço onde pode ocorrer a transmissão regular da cultura portuguesa", uma vez que "nem a televisão nem a família reúnem condições para desempenhar essa missão de forma sistemática".

Na parte prática do livro, JACB exemplifica com tópicos aliciantes e riquíssimos de sugestões para abordagem de textos de Gil Vicente, de Camões, de Miguel Torga e de Sophia. E aí está a ilusão por que este ensaio peca: onde é que estão hoje os professores capazes de dar aulas que se aproximem daquelas cujo modelo nos apresenta?

Wednesday, March 22, 2006

EDIÇÕES RARAS DISNEY ANOS 70





DISNEY ESPECIAIS RAROS DOS ANOS 70





NOTICIA DIGNA DE FIGURAR NO MANUAL DO ZE CARIOCA


Brasil: massagista entrou em campo e evitou um golo, mas a equipa desceu
[ 2006/03/21 | 18:05 ] IN SITE MaisFutebol
Não sei como é que este lance foi legal, mas fica a historia inacreditavel.
Se a moda pega está furada a lei de jogo do penalty.
Foi assim:
Prestes a sofrer o segundo golo, o Bom Jesus viu o seu massagista fazer de «segundo» guarda-redes, ao entrar em campo para evitar que a bola entrasse. Aconteceu na localidade de Matriz do Camaragibe, Estado de Alagoas, no jogo entre as equipas do Bom Jesus e do ASA, a contar para o campeonato alagoano. A equipa da casa precisava de uma vitória para evitar a descida à 2ª divisão. Em caso de empate ficava dependente do resultado de outros jogos.
No entanto as coisas não correram da melhor forma e o Bom Jesus já perdia por 0-1 quando o insólito aconteceu. O ASA preparava-se para marcar o segundo golo, o médio Lamar já tinha mesmo ultrapassado o guarda-redes e encostado a bola para a baliza quando entrou em campo o massagista do Bom Jesus, evitando o segundo golo.
O Bom Jesus aproveitou a ajuda e ainda empatou a equipa. Mas a intervenção do massagista acabou por ser insuficiente. O empate não bastou ao Bom Jesus e a equipa acabou mesmo por descer de divisão.
Mas o mais insólito estava ainda para vir. Após o final do jogo, os dirigentes do Bom Jesus prenderam os jogadores no ASA no balneário. Ao que parece, havia um acordo para que a equipa visitante facilitasse e contribuísse para a manutenção do Bom Jesus.
Mas consta que os jogadores do ASA terão também recebido de uma outra equipa envolvida na luta pela manutenção. O que é certo é que o acordo falhou e os dirigentes do Bom Jesus decidiram pedir o reembolso. Foi preciso a intervenção da Policia Militar.

Wednesday, March 08, 2006

ACREDITE SE QUISER...MAS É VERDADE


União Civil a três

Enquanto em Portugal se discute a questão do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, na Holanda, onde este já era permitido, passou a ser possível celebrar uma união civil entre 3 parceiros.
The Netherlands and Belgium were the first countries to give full marriage rights to homosexuals. In the United States some politicians propose “civil unions” that give homosexual couples the full benefits and responsibilities of marriage. These civil unions differ from marriage only in name.
Meanwhile in the Netherlands polygamy has been legalised in all but name. Last Friday the first civil union of three partners was registered. Victor de Bruijn (46) from Roosendaal “married” both Bianca (31) and Mirjam (35) in a ceremony before a notary who duly registered their civil union.

CURIOSIDADES DOS LEILÕES EBAY


O ‘site’ de leilões eBay tem sido inundado por anúncios de artigos – de medalhas e fotografias a canecas e relógios – relacionados com os dois últimos pontífices. Mas a melhor ideia foi a de um canadiano que registou a morada da internet com a referência mais directa ao Papa Bento XVI (designado em inglês como Benedict XVI).

Residente em Oakville, na província de Ontário (Canadá), um habitual vendedor do eBay teve a grande ideia de registar o domínio PopebenedictXVI.com assim que o novo Papa foi eleito. Nesse mesmo dia, colocou-o à venda no ‘site’ de leilões por apenas um dólar. Até ao fecho desta edição, o valor de licitação já ia em 19 100 dólares (14 620 euros) e a hasta só termina na sexta-feira.

Além de endereços de ‘sites’, é possível encontrar no eBay uma quantidade imensa de artigos com imagens dos últimos Papas. Desde os mais comuns postais e pins de Bento XVI até aos mais originais, como uma hóstia ou mesmo um peito de frango com o perfil de João Paulo II.

Jornais que assinalaram a ascensão do cardeal Ratzinger também estão a leilão. Um ‘L’Osservatore Romano’ de 20 de Abril custa cerca de onze euros.

O ‘E-MAIL’ DO PAPA

Um estudante de jornalismo irlandês, de 27 anos abriu a conta popebenedictxvi@hotmail.it – na versão italiana do Hotmail – assim que o nome escolhido pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger foi anunciado. “Fi-lo por brincadeira”, afirma Vicent Flood, citado no ‘site’ da BBC. “Não estou preocupado com questões legais. Vou dar ao comprador a senha de acesso e pronto.” Até ao momento, Flood recebeu uma proposta dos Estados Unidos de 117 euros.

Entretanto, o Vaticano criou vários endereços para todos os que queiram enviar felicitações para o Papa. Quem o quiser fazer em português, deverá escrever para bentoxvi@vatican.va.

A HÓSTIA QUE NÃO FOI COMIDA

Dois mil dólares (1530 euros) foi quanto um americano conseguiu por uma hóstia que garantia ter-lhe sido dada numa missa pelo próprio João Paulo II em 1998.

“Comi uma hóstia e voltei para o fim da fila. Ele deu-me outra que guardei”, conta o americano, antigo estudante em Florença, na explicação do item que colocou à venda no eBay.

Terminada no dia 11 deste mês, a hasta causou alguma polémica entre a comunidade católica. Uma petição ‘on-line’ a pedir ao eBay o fim da venda deste tipo de artigos recolheu 13 mil assinaturas.

LUCRAR SEM QUERER

O norte-americano Rogers Cadenhead registou o domínio www.BenedictXVI.com no dia 1 de Abril, para o caso de esse ser o nome do sucessor de João Paulo II.

Registou também ClementXV.com, InnocentXIV.com, LeoXIV.com, PaulVII.com e PiusXIII.com, para evitar que o ‘site’ do novo Papa caísse nas mãos de pornógrafos.

Mas, através do ‘site’, quintuplicou as doações recebidas pela sua associação filantrópica Modest Needs.

JOÃO PAULO II NO PRATO

“Milagre”, pensou um outro vendedor do eBay quando estava a preparar o almoço e olhou atentamente para o pedaço de peito de frango que estava a fritar – era o perfil do Papa João Paulo II que surgia na sua frigideira.

“Senti-me profundamente tocado por ter sido o escolhido para receber esta possível visita do Santo Padre”, contou na explicação do artigo que colocou a leilão.

A verdade é que nem isso o demoveu de tentar fazer uns trocos com o ‘milagre’. O pedaço de peito de frango acabou por ser comprado pelo casino ‘on-line’ Golden Palace pela módica quantia de 232,50 dólares (178 euros).

Tuesday, February 14, 2006

O TROVANTE-DISCOS PERDIDOS- II





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Os Trovante começaram em 1976, em Sagres, quando um grupo de amigos se juntou para fazer música. A sua formação original era constituída por João Nuno Represas, Luís Represas, Manuel Faria, João Gil e Artur Costa.
Em 1977 gravam o seu primeiro disco "Chão Nosso" (incluido na colectanea "Canções com aroma de Abril" e "Trovante ao vivo - Uma Noite Só".
Com uma forte componente política e influenciado pela música tradicional portuguesa.
No ano seguinte, mudam de editora e gravam "Em Nome da Vida", um disco que os confirma como um grupo muito importante da nova música de intervenção. Participam, também, nos coros do disco "Fura Fura" de José Afonso e em "Histórias de Viageiros" de Fausto.
odisco Em Nome da Vida foi colocado à venda na antevéspera do Natal. A editora abriu falência pouco tempo depois. "Nuvem Negra" venceu o Festival Nacional da Canção Política, em ex-aequo com Carlos Paulo, o que os levou a tocar num Festival da Juventude em Cuba. Editam o segundo álbum e participam no disco "Madrugada dos Trapeiros" de Fausto. O single "Toca a Reunir", com Né Ladeiras, foi editado pela cooperativa Fórum mais ligada às actividades cinematográficas.
Né Ladeiras (vinda da Brigada Victor Jara) junta-se à banda e participa na gravação do single "Toca a Reunir", além de participar em vários espectáculos. No entanto, esta cantora estará pouco tempo no line up.
A partir de 1980 o grupo muda de rumo musical, concentrando-se mais nos elementos de origem tradicional da sua música e com os seus componentes a iniciarem estudos musicais no Hot Club de Portugal, sem dúvida uma escola que se revelará importantíssima na evolução do som do grupo.

DISCOS PE(R)DIDOS-BANDA DO CASACO



Banda do Casaco foi nos 80s autentico laboratório do estilo pop-etnico-folk de Portugal, com um estilo realmente unico em Portugal.
Depois do fracasso que foi o projecto Filarmónica Fraude, mais por razões políticas que de qualidade, António Pinho (vocalista) e Luís Linhares (teclas) juntam-se a Nuno Rodrigues (vocalista, guitarra) e Celso de Carvalho (violoncelo, contrabaixo) para formar o grupo Banda do Casaco.
Este grupo juntou uma pesquisa etnográfica à música pop, criando um trabalho de grande qualidade a nível musical e em que não foi descurada a crítica social, como aliás já tinha acontecido com a Filarmónica Fraude. Durante a sua existência (1974 a 1984) passaram pelas suas fileiras inúmeros músicos de grande nível, tendo algumas vezes a sua passagem pela Banda do Casaco sido o trampolim para uma carreira a solo.
Sobraram para ahistoria duas perololas da musica Portuguesa encontradas à deriva em vinil.
são elas "Contos da Barbearia" editado em 1978, produzido por António Pinho e Nuno Rodrigues e em que participam Nuno Rodrigues (vocalista, guitarra, flauta), Mena Amaro (vocalista), Celso de Carvalho (violoncelo, cítara), António Pinho (vocalista) e António Pinheiro da Silva (flauta). Colaboram ainda Armindo Neves (guitarra), José Eduardo (guitarra baixo, contrabaixo), Carlos Zingaro (violino), Rui Reis (teclas), Vitor Mamede (bateria), José Barrocas (flauta), Adácio Pestana (trompa), António Reis Gomes (trompete) e Rita Rodrigues (vocalista) com as seguintes faixas:
Na Cadeira do Barbeiro
O Diabo da Velha
A Noite Passada em Caminha
O Enterro do Tostão
La Pastorica
Malfamagrifada
Zás! Pás! (O Casório do Trolha)
Retrato D'Homenzinho Pequenino Com Frasco
Amo Tracinho Te
Godofredo Cheio de Medo

Por sua vez em 1977 é editado o Album Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos em que participam Nuno Rodrigues (vocalista, guitarra), Mena Amaro (vocalista, violino), Celso de Carvalho (contrabaixo, violoncelo, cítara), António Pinho (vocalista), Jorge Paganini (violino), Carlos Amaro (guitarra baixo), Miguel Coelho (violino) e António Pinheiro da Silva (guitarra, flauta). Há também participações especiais de Rão Kyao (saxofone), Gabriela Schaaf (vocalista) e Judi Brennan (vocalista).
Músicas de 1978 -LP -Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos
Acalanto - 05.11
Despique - 03.15
País: Portugal - 03.20
Alvorada, Tio Lérias - 04.54
Geringonça - 06.00
Dez-Onze-Doze - 05.47
Ont'à Noite - 04.50
Água de Rosas - 02.57
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Hoje_H%C3%A1_Conquilhas%2C_Amanh%C3%A3_N%C3%A3o_Sabemos"
Ficam para a historia já que não se conhecem edições em CD.

Tuesday, January 31, 2006

SABADO A NOITE TODOS TIVEMOS A FEBRE


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Não...que descansem os SLBs pois não estou a falar de futebol...a febre foi outra..
Com a participação de:
UHF;Trabalhadores do Comércio;Trovante;Mário Mata; Brigada Victor Jara; Adelaide Ferreira; King Fisher Band; Jorge Palma; Fisher Z; Carlos Bastos; Grupo de Baile, entre outros.
No dia 28 de Janeiro na RPT1 (depois do emocionante derby Lisboeta) passou uma sessão em directo da “A Febre de Sábado de Manhã” programa de rádio com apresentação de Júlio Isidro e que esteve no ar três anos um programa que marcou inelutavelmente um período de viragem na história dos media em Portugal,
Com 25 anos a Febre tinha um formato de programa, uma estrutura e objectivos e o estilo de apresentação transformando-no num caso social cujos ecos ainda hoje se fazem sentir.
“A Febre...” foi o ponto de encontro de muitos milhares de jovens para quem aquelas três horas semanais constituíam um momento de magia e alegria. Na “Febre...” nasceram alguns dos maiores nomes da música pop/rock portuguesa e pelos seus palcos passaram também os consagrados que arriscaram o convívio com o “pessoal da pesada”.
Ficaram famosos os jogos, passatempos e concursos inventados semanalmente pelo autor/apresentador da “Febre”. A música africana, o rock, o disco sound, a música popular portuguesa, os concursos para caloiros e as visitas das grandes vedetas estrangeiras fizeram parte das muitas horas em que a febre esteve no ar.
Passados 25 anos a “Febre” voltou para uma emissão única, na Sala Tejo - Pavilhão Atlântico, e o “pessoal da pesada” e não só reviveu os seus tempos de juventude “.
Mas a “Febre” teve, essencialemente, à semelhança de outros eventos muiscais como live 8, uma finalidade social.
Assim, a venda dos bilhetes reverteu a favor da Associação das Doenças Raríssimas que tenta desesperadamente construir um lar para as crianças vítimas destas quatro mil síndromes.
Até sempre anos 80.

Tuesday, January 17, 2006

MEGAFONE 4





joão Aguardela (o vocalista dos extintos Sitiados) ESTÁ DE VOLTA com o seu projecto Megafone. Cruzando deejaying e um live-act com equipamento electrónico e instrumentos acústicos, Aguardela apresenta-se em palco com outros dois ex-Sitiados, Sandra Baptista e Samuel Palitos. Depois dos álbuns Megafone 1 (1997) e Megafone 2 (1999), editados ainda em paralelo aos Sitiados, Megafone 3 (2001) foi o trabalho que causou maior impacto, tendo dado origem a diversas actuações dentro e fora do país. Neste momento, João Aguardela prepara Megafone 4, com saída prevista para o início deste ano. Sucedendo a projectos pioneiros como a Banda do Casaco ou os Sétima Legião, o projecto surge da vontade de cruzar a memória da música tradicional portuguesa (nas recolhas de Michel Giacometti e José Alberto Sardinha) com dinâmicas rítmicas electrónicas de facção dançante, como a house ou o techno. A acompanhar a actuação do Megafone, será projectado um vídeo baseado na série televisiva O Povo Que Canta (1971, de AlfredoTropa/Michel Giacometti), concebido por João Vinagre. Serão VJs João Vinagre e Sandra Baptista.

MEGAFONE - O ULTIMO FOLEGO DAS RAIZES TRADICIONAIS


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O projecto Megafone vaí no 4º disco.
Passou completamente despercebido nos meios mais comerciais, mas já se tornou num grupo do culto.
Michael Giacometi do Sec. XXI João Aguardela prepara-se para mais uma odisseia de ataque às queimas das fitas de 2006 com Megafone 4 (que mauzinho!!!)
Uma rave genuinamente portuguesa com sardinhas assadas e folclore". É assim que João Aguardela descreve os seus espectáculos. Integrado no Festival de Música Étnica, organizado pela Associação Académica da UBI, o projecto Megafone ofereceu ao público presente no Teatro das Beiras a oportunidade de assistir a um agradável concerto. Com um percurso nos Sitiados e Linha da Frente, este músico pretende através deste trabalho envolver as raízes e tradições populares com a moderna música electrónica.
Aguardela realizou um concerto de drum & bass, numa fusão interessante com instrumentos mais convencionais, como o adufe e a viola campaniça. Quando João Aguardela se afastou dos meios electrónicos e, simultaneamente com outros músicos, utilizou esses instrumentos tradicionais, foi possível observar o palco do teatro transformar-se num a serão de aldeia. Ao longo do espectáculo foram projectados vários filmes e fotografias. Uma forma utilizada para apresentar o quotidiano rural.

Procura das nossas características

Antes de Megafone, João Aguardela já tinha demonstrado a sua preferência pela utilização de instrumentos portuguesas, quer nos Sitiados quer nos Linha da Frente. Nos Sitiados, mesmo sem uma abordagem directa destas recolhas tradicionais, João Aguardela confessa que "havia uma influência através do ambiente que se observa. No País do fado e do folclore era um pouco difícil o grupo abstrair-se dessas realidades". Nos Linha da Frente, Aguardela procurou interpretar textos de vários autores portugueses, nomeadamente, Fernando Pessoa, Natália Correia, António Aleixo, mas também, "partilhar as imagens que cada músico trouxe do seu universo português." A característica predominante dos projectos de João Aguardela são a tentativa de estabelecer uma ligação entre a música e a cultura portuguesa.
O projecto Megafone surgiu do contacto de João Aguardela com uma pesquisa de sons, vozes e frases tradicionais organizada por Michel Giacometti e José Alberto Sardinha. Um processo que permite observar um Portugal que talvez já não existe, mas que, paradoxalmente, permanece vivo com o trabalho realizado nas três edições precedentes de Megafone e uma quarta agora a brotar das raízes mais profundas da musica tradicional Portuguesa.

Friday, January 13, 2006

25 ANOS SOBRE A EDIÇÃO DO LP GIRLS ON FILM - D.D.



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Foi em 1981 que comprei o meu primeiro Long Play em vinil.
Não resisti às constantes passagens dos telediscos "Planet Earth" e "girls on film" (censurado) na RTP e comprei o disco por cento e tal escudos com a curiosidade de saber quantas musicas mais os DD tinham para encher o LP pois ouvira as mais conhecidas.
Nessa altura tinha um gira-discos a que chamava "caixa de Comprimidos" e desconhecia mesmo se dava para tocar LPs pois só tinha singles de 7".
Foi uma autentica revolução coperniciana nos meus conhecimentos musicais.
Com efeito, a minha colecção de disco (na altura) era composta por singles do José Cid (que hoje valem alguns euros para coleccionadores) António Calvario, Marco Paulo Etc.
Ao ouvir o disco fiquei "arrasado" pela força avassaladora dos temas enigmáticos como night boat e telaviv ou a potencia de careless memories que ainda hoje dá vontade de ouvir com a aparelhagem no máximo.
Mas não suponha o quão "pra frentex..." era o disco...(estavamos em 1981) só mais tarde vim a saber quando vi o teledisco completo do GIRLS ON FILME (e mais não digo).
No ano seguinte surge uma nova lufada de ar fresco os DD deixaram as vestes de corsários e vestiram fatinhos e roupas largas tendo ido de derias para o Ceilão filmar os telediscos de "RIO" e foi precedido de um single cuja versão não vinha no disco (uma surpresa que deixou de rastos os fans).
Ainda editram um maxi single em 1983 mas...O pior viria depois com UNION OF...
Enfim fica o registo de um marco historico que deu a conhecer e iniciar em Portugal a febre...NEO-ROMANTICA.

Thursday, January 12, 2006

Os Melhores Discos da Musica Moderna Portuguesa




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Tres dos melhores discos de sempre da musica portuguesa andam por aí "perdidos".
Com edições limitada(dissimas) em CD Reporter Estrábico e Angra do Budismo sobrevivem nas trocar p2p e na Feira da Ladra e lojas de 2ª mão.
Os Lobo meigo com edição em vinil não re-editada em CD.

Os Angra do Budismo abrem as hostiliades com um divertido «Café Brasilia», onde se alinha pela reiterpretação dos sons brasileiros à luz das novas músicas de dança. O sotaque é delicioso e a toada coloca-nos logo de bem com o projecto. É como se nos servissem uma limonada fresca e nos convidassem a ouvir a Angra do Budismo com um rasgado sorriso.
Seguem-se o curioso «Oh Yeah (All right)», num registo de rock clássico e o estranho «Irreal», que parece um piscar de olho a alguma da nossa música popular urbana mais recente. «Transmutação» é a primeira amostra da evolução do antigo espírito Ocaso Épico, ao mesmo tempo que convoca memórias de António Variações. «Up and Down, Up» é a primeira grande canção pop do disco e «Flor do Tao» eleva a fasquia, com um interessante duelo entre Farinha e Sara Belo. O ouvinte, que já só pode estar em postura de adoração absoluta ao som da banda, vê o nível da sua fruição continuar altíssimo com as canções seguintes: «Dança do Kundalini», «Trash City Baby» e o excelente «Mumbafu», uma verdadeira explosão de referências onde, no meio de sonoridades tropicais e orientalizantes, até os Joy Division podem entrar. «Cuidar de ti» e «Vida de Funcionário» desiludem um pouco, apesar do humor da segunda que reproduz em detalhe o quotideano numa qualquer repartição da Função Pública. O disco termina em grande com mais dois temas essenciais, igualmente descendentes da linhagem Ocaso Épico: «Chamamento de Leste», em que os ritmos dançantes têm um contraponto assumidamente tradicional e o genial «Trambolhão trambolhão», um corridinho-techno no mais puro estilo Farinha Vintage, com guitarras à portuguesa e uma reciclagem dos Kussondulola que se vão tornando obssessivas.

Saídos dos Street Kids Luís Ventura (ex-Street Kids) na voz e guitarra acústica e Nuno Canavarrro nas teclas formaram os Lobo Meigo em 1987. O grupo era formado pelos ex-Press João Carvalhais (guitarra) e José Carvalhosa (baixo), por Hélder Reis (ex-Tum Tá Tum Tum), nas teclas e percussões, e por Luís Ventura (ex-Street Kids) na voz e guitarra acústica.
Em 1990 editaram o mini-LP, correspondente à vitória no concurso do RRV, e começaram a tocar pelo país, fazendo as primeiras partes dos Delfins. Nesse ano ganharam o prémio de revelação do semanário "Se7e".
Quanto aos Reporter Estrábico, desde a saída de António Olaio nunca mais atingiram os niveis de originalidade musical que se propuseram com o maxi Jonh Wayne e o LP Uno Dos.(ver

O subbuteo, tabaco e formula 1


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O que é que estes três assuntos tem de comum ?
É simples eu comecei a fumar aos 14 anos por causa da formula 1 e as minhas equipas do subbuteo eram patrocinadas por marcas de tabaco.
Agora já se vêm os avisos nos maços de tabaco mas na altura a pressão das tabaqueiras para porém os jovens a fumar não olhavam a limites.
Quem não se lembra do famoso lotus da JPS (negros como os maços de tabaco) ou o carro amarelo (outro lotus) do A Senna patrocinado pela camel e ainda os Mc laren/Marlboro. Enfim as marcas de tabaco entravam pela TV e em alta velocidade e refectiam-se até nos jogos da juventude.
Com efeito, o subbuteo ocupava longas tardes da minha infancia a jogar com os meus amigos(até jogava sozinho!!)
mas o tabaco estava sempre presente pois até era o patrocinador oficial das equipas e tinha paineis publicitarios no estádio gigante(em cima da mesa).
Bons tempos !!Santa ingenuídade !!
Mas não se pense que o subbuteo é um jogo de miúdos, pois actualmente existe uma federação e os objectos mais antigos como jogadores torres de iluminação e outros intervenientes no jogo tais como reporteres de TV e suplentes tornaram-se peças de colecção.