Thursday, January 12, 2006
Os Melhores Discos da Musica Moderna Portuguesa
triticale
Tres dos melhores discos de sempre da musica portuguesa andam por aí "perdidos".
Com edições limitada(dissimas) em CD Reporter Estrábico e Angra do Budismo sobrevivem nas trocar p2p e na Feira da Ladra e lojas de 2ª mão.
Os Lobo meigo com edição em vinil não re-editada em CD.
Os Angra do Budismo abrem as hostiliades com um divertido «Café Brasilia», onde se alinha pela reiterpretação dos sons brasileiros à luz das novas músicas de dança. O sotaque é delicioso e a toada coloca-nos logo de bem com o projecto. É como se nos servissem uma limonada fresca e nos convidassem a ouvir a Angra do Budismo com um rasgado sorriso.
Seguem-se o curioso «Oh Yeah (All right)», num registo de rock clássico e o estranho «Irreal», que parece um piscar de olho a alguma da nossa música popular urbana mais recente. «Transmutação» é a primeira amostra da evolução do antigo espírito Ocaso Épico, ao mesmo tempo que convoca memórias de António Variações. «Up and Down, Up» é a primeira grande canção pop do disco e «Flor do Tao» eleva a fasquia, com um interessante duelo entre Farinha e Sara Belo. O ouvinte, que já só pode estar em postura de adoração absoluta ao som da banda, vê o nível da sua fruição continuar altíssimo com as canções seguintes: «Dança do Kundalini», «Trash City Baby» e o excelente «Mumbafu», uma verdadeira explosão de referências onde, no meio de sonoridades tropicais e orientalizantes, até os Joy Division podem entrar. «Cuidar de ti» e «Vida de Funcionário» desiludem um pouco, apesar do humor da segunda que reproduz em detalhe o quotideano numa qualquer repartição da Função Pública. O disco termina em grande com mais dois temas essenciais, igualmente descendentes da linhagem Ocaso Épico: «Chamamento de Leste», em que os ritmos dançantes têm um contraponto assumidamente tradicional e o genial «Trambolhão trambolhão», um corridinho-techno no mais puro estilo Farinha Vintage, com guitarras à portuguesa e uma reciclagem dos Kussondulola que se vão tornando obssessivas.
Saídos dos Street Kids Luís Ventura (ex-Street Kids) na voz e guitarra acústica e Nuno Canavarrro nas teclas formaram os Lobo Meigo em 1987. O grupo era formado pelos ex-Press João Carvalhais (guitarra) e José Carvalhosa (baixo), por Hélder Reis (ex-Tum Tá Tum Tum), nas teclas e percussões, e por Luís Ventura (ex-Street Kids) na voz e guitarra acústica.
Em 1990 editaram o mini-LP, correspondente à vitória no concurso do RRV, e começaram a tocar pelo país, fazendo as primeiras partes dos Delfins. Nesse ano ganharam o prémio de revelação do semanário "Se7e".
Quanto aos Reporter Estrábico, desde a saída de António Olaio nunca mais atingiram os niveis de originalidade musical que se propuseram com o maxi Jonh Wayne e o LP Uno Dos.(ver
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